1. |
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Não saber o que são, mas querer unir
Saber sempre quando posso cair
Ajudar a voar, suar ou a rir
Volta em volta, mas volta em ti
Quando estás esticado, mas ele deita-te ao sol
A ganhar cor que eu nunca vi
Se a perna não anda então fica pra trás
Mão empurra porque temos que ir
Não vá o Diabo apetecê-las
Não vá o Diabo apetecê-las
Não vá o Diabo apetecê-las
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2. |
Véu
03:57
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Longe do olho da tempestade
Fico atrás dos olhos
Lento p’ra que passe
Não saio até esquecer
Não saio até esquecer
As moscas na praça
Os ventos que arrastam
O anoitecer
Longe do olho da tempestade
Fico atrás dos olhos
Lento p’ra que passe
Não saio até esquecer
Não saio até esquecer
Não há sentido
Não há sentido
Não há sentido
Debaixo do véu
Não são portas
Nem janelas
Só a sede
E a falta dela
Não são portas
Nem janelas
Só a sede
E a falta dela
Cada passo traz de novo aqui
Cada passo traz de novo aqui
Cada passo traz de novo aqui
Cada passo traz de novo aqui
Longe do olho da tempestade
Fico atrás dos olhos
Lento p’ra que passe
Não saio até esquecer
Não saio até esquecer
As moscas na praça
Os ventos que arrastam
O anoitecer
Não há sentido
Não há sentido
Não há sentido
Não há sentido
Não há sentido
Não há sentido
Não há sentido
Debaixo do véu
Só paredes
Sem janelas S
ó a sede
E a falta dela
Só paredes
Sem janelas
Só a sede
E a falta dela
Cada passo traz de novo aqui
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3. |
Ruivo Dourado
04:16
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Os dedos vão curar no verão
Pede ao sal Mãe pra parar de arranhar
A correr que nem cães assanhados
No fim, só te resta um senão
Não há maneira de olhar para o sol
Acabas a noite colado ao colchão
Vês os pássaros a passarem
Não sonho, só esperas em vão
Dia e noite, há sempre
O ruivo dourado
Dia e noite, há sempre
O ruivo dourado
Roupa rasgada atirada ao chão
Dinheiro espalhado só para gastar
Quantas vezes prestes a rebobinar
Um bom filme gasto de girar
Os dedos vão curar no verão
Sabes que o sal mãe nunca vai parar
Passa os dias tão maltratado
No fim, tudo acaba na mão
Dia e noite, há sempre
O ruivo dourado
Dia e noite, há sempre
O ruivo dourado
Mas tem cuidado
Com o ruivo dourado
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4. |
Antes de Ires
04:21
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Sentada na ligação
Vi-te sem pressa
Sem meta ou direção
Estiquei a mão
Sentada na ligação
Vi-te sem pressa
Sem meta ou direção
Estiquei a mão
Sentada na ligação
Vi-te na névoa
Subi à pedra
Chamei em vão
Estiquei a mão
Sem nada que agarre o chão
Vi-te na névoa
Subi à pedra
Chamei em vão
Estiquei a mão
Antes de ires, vi-a
Dei-lhe um sorriso sem noção
Antes de ir, ouvi-te como um trovão
Antes de ires, vi-a
Dei-lhe um sorriso sem noção
Antes de ir, ouvi-te como um trovão
No nevoeiro da serra
Estava à espera de um portão que abra
Estrada que apareça
Diz p’ra que eu não esqueça
Tens de ir
Tens de ir
A mão não chega
A perna presa sem subir
Tens de ir
Tens de ir
A mão não chega
A perna presa sem subir
Tens de ir
A cada passo eu vou
Cada pé por pôr
Cada passo que dou
Diz-me p’ra depois
Diz-me p’ra depois
Diz-me
A cada passo eu vou
Cada pé por pôr
Cada passo que dou
Diz-me p’ra depois
Diz-me p’ra depois
Diz-me
Perna p’ra frente, deixa p’ra trás
A deixa é andar
É deixar andar
Eu deixei andar
Eu deixei andar
Tens de ir andando
Tens de ir andando
Tens de ir andando
Perna p’ra frente, deixa p’ra trás
A deixa é andar
É deixar andar
Eu deixei andar
Eu deixei andar
Tens de ir andando
Tens de ir andando
Tens de ir andando
Perna p’ra frente, deixa p’ra trás
A deixa é andar
É deixar andar
Eu deixei andar
Eu deixei andar
Tens de ir andando
Tens de ir andando
Tens de ir andando
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5. |
Despertador
01:49
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Cansei das palavras
Da repetição
Da distorção
Cansei d’adesão
Nada de novo
Na simulação
Tou quieto,
Em silêncio
Eu não falo em vão
Cansei das palavras
Cansei das palavras
Saio,
Sinto o sol
Ensaio
Ser sem imagem
Toco,
Mordo o anzol
Encaixo
Verde na paisagem
Volta centopeia
Sentimento empoleira
Volta centopeia
Sentimento empoleira
Olá como está?
Olá como está?
Olá como está?
Olá como está?
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6. |
Olá
03:39
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Volta centopeia
Leva-me à colmeia
À cabeça oca
Solta-me da teia
Centopeia volta
Ao sair p’la porta
Cada perna pronta
Escusa de resposta
Centopeia mostra
Sigo sem resposta
Qual a perna pronta
Saio pela porta
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Hoje passou longe
Sonhos ardem, não soube
Hoje passou longe
Sonhos ardem, não soube
Centopeia volta
Ao sair p’la porta
Cada perna pronta
Escusa de resposta
Volto centopeia
Saio da colmeia
Com a cabeça oca
Dúvida desfeita
Com a cabeça oca
Solto-me da teia
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Olá, como está? Olá, como está?
Hoje passou longe
Sonhos ardem, não soube
Hoje passou longe
A miragem responde
Hoje passei onde?
A miragem responde
Hoje passou longe
Sonhos ardem, não soube
Ser sem ser de passagem
Ser sem ser de passagem
Ser sem ser de passagem
Ser sem ser de passagem
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7. |
Viscosa
03:15
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Outra noite esgotada
Tempo routo e colado à mão
Tão viciada e viscosa
Quantas horas esperaste
Ténis brancos a bater no chão
O tempo arrasta, é viscosa
Milénio novo coliga
Parte a parte esta geração
Video e distorção, viscosa
Tantos olhos cansados
Luz azul a romper quem são
Rompe a escuridão (Viscosa)
Teu bem, aluga
Acende a fuga
Se não fosse tão fácil, não seria tão bom
Meu deus, não julga
Outra noite bem gasta
Tempo routo e colado à mão Delíciada e viscosa
Quantas horas esperaste
Ténis brancos vidrados ao chão
O tempo não para, é viscosa
Se a morte não te conheçe
Não há medo de a esperar
Ela volta a cobrar (Viscosa)
Teu bem, aluga
Acende a fuga
Se não fosse tão fácil, não seria tão bom
Meu deus, não julga
Sorte a tua a quem te põe a mão
Que para mim és um em um milhão
Contigo vale sempre dizer que sim
Mesmo quando eu sei que não há fim
Sorte a tua a quem te põe a mão
Que para mim és um em um milhão
Contigo vale sempre dizer que sim
Mesmo quando eu sei que não há fim
Mas eu já sei
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8. |
Mário Duarte
03:46
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Estica-te ao vento
Deita-te ao sol (Deita-te ao sol)
Dança sem tempo
Segue o anzol
Abre como flor (A perder a cor)
A perder a cor
Estica-te ao vento
Deita-te ao sol (Deita-te ao sol)
Dança sem tempo
Segue o anzol
Abre como flor (A perder a cor)
A perder a cor
(A perder a cor, a perder a cor)
A perder a cor (Agora, sempre)
A perder a cor (Agora, sempre)
Abre como flor (Agora, sempre)
A perder a cor (Agora, sempre)
Estica-te ao vento
Deita-te ao sol (Deita-te ao sol)
Dança sem tempo
Segue o anzol
Abre como flor (A perder a cor)
A perder a cor
Agora, sempre
Agora, sempre
Agora, sempre
Agora, sempre
Agora, sempre
Agora, sempre
A perder a cor (Agora, sempre)
A perder a cor (Agora, sempre)
Abre como flor (Agora, sempre)
A perder a cor (Agora, sempre)
Abre como flor
A perder a cor
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9. |
Sporto
03:36
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Às vezes eu falo em voz alta
Às vezes não sei sussurrar
Só preciso de sushi e chorar
Quando não está cá a Malta
Esperando certa inteligência
Matando o não importante
Desculpa a dormência mental
Só quem quer, quer se exalta
O que realmente falta
O que realmente falta
Cultura e desporto
Cultura e desporto
Vamos ali ver o morto
Vamos criticar as linhas transparentes
Qual voar? Basta ver o preço
A suar até ao aeroporto
Só pode dar para o torto
Uh ok, obrigado
Vim falar um pouco sobre as minhas ansiedades Volta em volta
Sou uma pessoa bastante ansiosa
Mas tudo bem, não sou o único
Certo?
Volta em volta
Volta em volta
Volta em volta
Volta em volta
(Volta em volta)
Volta em volta
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10. |
Salva Maria
02:23
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A ditar, todo o mundo que há em mim
Suspirar, quando as tóxinas não têm fim
Entre estar e não estar, salvar Maria
Sete, sete vezes para entrar em ti
Sente, sem mim o que perde
Uma chuva quente, derretida no teu verde
Em colchões alheios, atados
Preso aos agrados
Quatro, quatro anos preso a uma frente Devagar, tanto medo pra entrar
Numa selva, tanta desculpa atrás
Duma razão, para sentar na relva
Dois, dois amores para te deixar
A perder, rompe mentes a comer
A realidade, de ter de acordar
Outra vez esticado, um atalho,
a cabeça no caralho
A ditar, todo o mundo que há em mim
Suspirar, quando as tóxinas não têm fim
Entre estar e não estar, salvar Maria
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11. |
Advogados do Diabo
04:00
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Tudo bem, sem peso
Tudo bem sem
Tudo bem, sem medo
Tudo bem sem
Tudo bem, sem peso
Tudo bem, sem medo
Tudo bem aqui
Vamos vendo
O que vem aí
Tem de ser mesmo
Tudo bem, sem peso
Tudo bem, sem medo
Tudo bem aqui
Vamos vendo
O que vem aí
Tem de ser mesmo
A cabeça
Ela que teça
O que lh’apeteça
A cabeça
Ela que teça
O que lh’apeteça
Tudo bem, sem peso
Tudo bem, sem medo
Tudo bem aqui
Vamos vendo
O que vem aí
Tem de ser mesmo
A cabeça
Ela que teça
O que lh’apeteça
Ela que teça
A cabeça
Ela que teça
O que lh’apeteça
Ela que teça
(Ela que teça
O que lh’apeteça)
Esse peso que aparece esquece
O diabo que o carregue
(Ela que teça
O que lh’apeteça)
Esse peso que aparece esquece
O diabo que o carregue
(Ela que teça
O que lh’apeteça)
Esse peso que aparece esquece
O diabo que o carregue
(Ela que teça
O que lh’apeteça)
Esse peso que aparece esquece
O diabo que o carregue
Numa sala que sua
Somos vento que muda
Só o tempo é que cura
Somos peso que cai
Numa sala que sua
Somos vento que muda
Só o tempo é que cura
Somos peso que cai
Numa sala que sua
Somos vento que muda
Só o tempo é que cura
Somos peso que cai
Somos feitos de curvas
Estamos cheios da dúvida
Sorri a tudo
Com o vento se vai
Sorri a tudo
Com o vento se vai
Somos feitos de curvas
Somos peso que cai
Sorri a tudo
Com o vento se vai
Somos feitos de curvas
Somos peso que cai
Sorri a tudo
Com o vento se vai
Somos feitos de curvas
Somos peso que cai
Sorri a tudo
Com o vento se vai
Com o vento se vai
Sorri a tudo
Com o vento se vai (Esse peso que aparece Esquece
O diabo que o carregue)
Sorri a tudo
Com o vento se vai (Esse peso que aparece Esquece
O diabo que o carregue)
Sorri a tudo
Com o vento se vai (Esse peso que aparece Esquece
O diabo que o carregue)
Sorri a tudo
Com o vento se vai
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